26.2.06

"Um momento em que se quebrava tal pasmaceira era o do entrudo, ou Carnaval: "[...] as raparigas brasileiras são naturalmente melancólicas e vivem retiradas. Porém, quando chega o entrudo, parece haver completamente mudado de caráter e, por espaço de três dias, esquecem sua gravidade e natural acanhamento para ao folgueto se darem", anotava, em 1816, o explorador Jean Ferdinand Denis. O francês não entendia por quê."

Del Priore, Mary. História do amor no Brasil.

21.2.06

Separados por muitos, muitos metros de distancia, já que odiamos empurra-empurra, vimos o show. "Tá vendo aquele pontinho vermelho no palco!? É o Mick Jagger! É ele sim! Olha o telão, ele tá de vermelho!!!"
Viva a tecnologia dos telões e a aparelhagem de sei lá quantas toneladas que permitiu um som perfeito mesmo pra quem assistiu o show do Leme, bem lá no finzinho da praia de Copacabana. Se valeu a pena? Claro, mais pelo "eu fui" que pelo "eu vi", porque ver mesmo, o pouco possível foi graças ao nosso morrinho de areia, apelidado de murundu, que nos deixava uns bons centímetros acima da multidão que, da distancia que estávamos, nem se encostava, tamanho era o espaço. Perfeito. Fora as 2 horas da volta dentro do ônibus num percurso que normalmente leva 40 min.
Agora dizem que Madonna vem. Será mesmo?

18.2.06

cheio de vazio

Que porra é essa que me ama, que se arrependeu de tudo que fez, de todas as canalhices, que quer ser meu namorado? Agora!? Chegou atrasado meu amigo. Custei a me livrar de você mas agora que consegui não vou deixar essa porcariada toda me enfeitiçar de novo. Eu quis, eu tentei... mas você, como a maioria dos xy, preferiu a vagabundagem, o oba-oba. Agora não dá mais. Não adianta me abraçar, não adianta comprar água com gás pra minha irmã muito menos chamar todos os seus amigos e dizer na maior altura possível que me ama, que quer ser meu namorado, que faz qualquer coisa pra eu te desculpar. Agora não meu caro. As lágrimas que derramei me secaram de você, te expulsaram de mim, acabaram com a dor. Agora tô livre de mais pra me prender à você de novo. Quando eu quis você fugiu, agora é tarde. Agora quero aquele cara ali, com aqueles dreads compridos até a cintura, com aquela barba fechada, aquela cara de monstro bonzinho. Não adianta mais te beijar, não sinto mais aquela "nossa história". Não vou sonhar com você essa noite nem vou acordar pensando no que poderia acontecer. Mani disse tudo: quando se perde a confiança em alguém pode ser que não aja mais o que fazer.
Não me leve em casa. Não me procure.
Tchau.

16.2.06

Domingo de Mercado Mistureba com show do Eletro (muito bom!) e tietagem controlada ao falar com a Fernanda, da Columbia. Tudo no teatro Odisséia, meu lugar preferido da Lapa.
Segunda de Orquestra Imperial no Circo com direito a Amarante vestido de chinês - ou sei lá de que era aquela fantasia - e Dj Malboro fazendo a melhor das retrospectivas de funk...


mas afinal, pra que eu to escrevendo esse post? E por que eu ainda tenho um blog?

9.2.06

ops!

Pois ontem mesmo citei o Alberto no post e hoje ele aparece, me liga, me dá bons conselhos - como sempre - sopra otimismo sobre a minha cabeça e, o inédito, me chama pra sair! Me convida pra atravessar a distante barreira entre nós, a janela! Mas eu... amarelei, corri da raia, fiquei com medo e tudo mais e disse a verdade: "Hoje não, fiquei o dia todo no barracão e mesmo tomando banho continuo cheia da purpurina. Ainda por cima tô toda descabelada, com as unhas sujas com uma cola que não sai nem por nada. Pode ser outro dia? Além de tudo isso tô com vergonha!"
Que idiota! Que ridícula eu fui! Converso com o cara à mais ou menos um ano e sempre me perguntava se um dia iria vê-lo de perto, e, hoje que podia matar a curiosidade, eu digo não! Ai santos da insegurança, protegei-me.


Fora isso...
Hoje trabalhei a tarde toda em cima de um carro alegórico (se alguém for assistir aos desfiles das escolas de samba, a Porto da Pedra é a primeira escola a desfilar na segunda-feira e o carro ao qual me refiro é um com o brasão da república bem grande ao centro que, com certeza, terá várias pessoas em volta, que, realmente, não entendo como alguém tem coragem de desfilar naquela altura tendo um espaço de aproximadamente 50 cm da diâmetro pra sambar) e na hora de ir embora, lá pras 7 da noite, sento na beirada pra então pular no chão, visto que os carros são bem altos, e, ao dar impulso, escuto um barulho desagradável de jeans rasgando! Isso mesmo, minha bermuda agarrou em um minúsculo prego e abriu um rombo suficiente pra mostrar metade da minha bunda a quem quisesse ver! Por sorte estava com uma bolsa comprida que rapidamente assumiu a posição de tapa-buraco! Corri pro banheiro com Daniele, que chegou a sentar no chão por falta de forças de tanto rir, e ela me emprestou a camiseta que tinha extra na bolsa pra eu, ridiculamente, pendurar na cintura. Bem, vim pra casa até feliz, porque com o calor que tem feito no Rio eu ainda tinha um frescor extra!

8.2.06

Adoro me sentir próxima e amiga de pessoas que mal conheço, ou melhor, que conheço pouco. O Wally por exemplo. Quase nunca falo com ele no MSN, ou por email, ou de qualquer outra forma que seja, mas nos encontramos sexta na Lapa e foi tão divertido. Gosto muito dele, dos assuntos divertidos...
E tem o Alberto, meu vizinho da cobertura em frente. A gente se comunica por tchaus e mímicas, às vezes ele me liga, mas nunca me deu o número dele - talvez seja casado - nem nunca quis me encontrar além da janela! O Alberto me passa uma calma, uma tranqüilidade, fora que ele é otimista, sempre diz coisas pra me estimular. Ainda me acha engraçada, o elogio que mais gosto de receber!

7.2.06

Por que então é mesmo tudo assim? Merda de vida! E mexe. E remexe. Acalma tudo e revira tudo de novo. Pra organizar, dizem que é pra organizar... mas precisa mesmo fazer essa porcariada toda? Fico rezando, vai ver Deus resolve me dar uma trégua. Podia ser tudo apagável, mas não é. Nem tem porque querer tanto isso. Tolices. E acordei de novo. Não, isso não vai mudar em nada, sei que não. A mesma "mesquinharisse" de sempre, a mesma dissimulação. Penso que tô bem, de verdade, mas se choro antes de dormir é porque não tô bem assim. E o que faço agora? Mudo o cabelo, faço uma tatuagem, corro e grito pelas ruas? E o pior é que é meu, Não há pra quem nem porque dividir isso. E choro. Essa sensação não vai passar nunca? Mando mensagens pelo celular, trabalho, converso no MSN... isso ajuda, só isso ajuda.

2.2.06

tá bom

Bolhas, muitas bolhas nos dedos. Mas quero além disso, e acredito que estou tendo. Além de me queimar muito com a cola quente tô aprendendo um tanto com os dias passados no barracão da Porto da Pedra.

Chego em casa e encho as bolhas recém adquiridas com uma pomadinha mágica que cura todos os machucados com uma rapidez inacreditável. Banho, preciso urgentemente de um banho. Mas... Deus, essa purpurina toda não descola nem por nada! E essas espetadinhas nas mãos que não param. Poeira de espelho, só pode ser! Ou seria da fibra de vidro? Sei lá, vou arrumar a cozinha depois de me impaturrar de vagem, das melhores coisas verdes que existem! Pra onde vão os góticos da rua, como sempre, mal vestidos? Por que essa gente acha que, mesmo com esse calor todo, é bonito andar de mangas compridas pretas!? Cariocas estranhos! Eu os amo e odeio quase com a mesma intensidade. Vou digitar um post, tomar um guaraná, ler um pouco - "História do Amor no Brasil", que tô lendo bem devagar pra não ter me culpado por não deliciar cada parágrafo - e dormir.