27.10.09

Eu tenho um álbum no orkut chamado “shows”. Eu gosto de tirar fotos dos shows e colocar lá, porque exatamente eu não posso dizer, e não posso porque não sei.
Semana passada eu fui ao show da Tié na sala Funarte, e na sexta ao da Talma de Freitas, no mesmo lugar. A Funarte é amiga das pessoas sem dinheiro, principalmente dos estudantes, já que o ingresso inteiro é R$ 5 e a meia R$ 2! Tiê é liiinda e fez um show incrível, nenhuma intimidação por não ser, uau, muito famosa. Cantou o disco todo lindamente e repetiu a que eu e Luciana, as excêntricas da platéia, pois sabíamos cantar tudo, pedimos para o bis: “Chá verde!”.
A Talma, bem, a Talma é muito bonita também, mas ser bonita não sustenta um show. Faltou um cadinho só de ensaio.
Sexta passada, dia 23, eu vi Arnaldo. Eu sou o tipo de fã que se apega a turnês, então quando muda repertório, figurino e cenário, tudo de uma vez só, eu me assusto e sinto saudades da calça saruel, do figurino claro, bege, cinza. Custo a acostumar com o cabelo não mais lambido pra trás, ou ficar sem as projeções maravilhosas no fundo do palco. Mas isso passa, vai passando ainda durante o show. Eu adoro Arnaldo Antunes e, como boa fã estranha, fiquei enciumada com o Circo Voador lotado. Mas ele ficou feliz, feliz como eu nunca o tinha visto. A cada refrão cantado, e o povo sabia todos, ele sorria, muito, ele e a banda. Foi como uma coroação de um público completamente jovem ao cara mais fodão da música. Desculpem mais pra mim o palavrão é indispensável neste caso! rs
Domingo foi dia de “conhecer” Bethânia. Todo mundo adora, todo mundo ama...
Eu achei cenicamente perfeito, iluminação, cenário, figurinos, banda.
Gostei muito, mas quem mexe comigo de verdade, de verdade mesmo, é o Arnaldo, fodaço.

9.10.09

"a vitória de um homem às vezes se esconde num gesto forte que só ele pode ver"

Nada do que escrevo faz sentido. Cada dia menos os escritos fazem sentido. Eu tento falar cada dia menos, chorar cada dia menos, comer cada dia menos... acho que é assim mesmo. Eu faço analise pra falar o que tem que ser falado lá, não por aí, nem por aqui. Mas sinto falta de postar. De escrever coisas aqui. Não tem feito muito sentido nem escrever nos caderninhos que circulam sempre pelas minhas bolsas. O bom sinal disso é que tenho desenhado mais formas abstratas que letras. A arte abstrata tem me libertado de um rigor estético cruel. Tentar pintar cores e formas sem que essas sejam desenhos é libertador. E isso só faz sentido pra mim, mas acho que é assim mesmo.