13.11.11

só falta te querer, te ganhar e te perder...

Ele me vem a cabeça toda hora. O rosto dele muito perto, muito perto. Me vem a cabeça o sorriso dele me olhando quando eu saí na portaria do prédio, ele dizendo que já queria muito, a muito tempo... Me vem a cabeça toda hora a visão dos olhos dele fechados enquanto eu mexia, feito criança, na sua barba. “Você gosta? Mesmo?” Eu gosto de barba, gosto da barba dele, gosto de poder abraçar e falar que é foda beijar o cara mais interessante da faculdade. Ele cora, não tem a amplitude da sua boniteza.


Eu tento escrever outras coisas, tento pensar em outras coisas, mas não tenho conseguido.
“Nem sei se era melhor nunca ter ficado com você do que ter experimentado e agora não poder mais.” Um namoro desses estranhos que se assemelham a janelas, abrem e fecham de forma que eu não compreendo. Fechou e ele, como o bom moço que eu sempre imaginei mesmo que fosse, não me abraçará mais, não me beijará mais, não me ligará mais porque não pode fazer isso, porque se o namoro é fechado, é fechado. “Eu prefiro ter experimentado”, respondi, "e sinto inveja dela".


Foi breve. O conheço desde o ano passado, converso com ele desde o início do ano, encosto nele desde o meio do ano, penso nele quase diariamente a mais de um mês. Convidei ele pra sair na segunda e ele se despediu de mim na quarta.


Se eu preferiria que nunca tivesse acontecido? Jamais. A minha felicidade de terça-feira anula toda, ou a maior parte, da tristeza de quinta.