22.3.08

"Tal vez sea cierto, lo que queremos no es lo que hacemos, lo que buscamos esconde un defecto, ¿es la manera en la que construimos el momento, la acción, el movimiento?
Recuerdo ya estuve llorando por esto."



¡Qué mala suerte!
Coiffeur

15.3.08

13/03/08 - 22:40

Chove o suficiente pra ter que colocar o volume da televisão quase pelo meio. É muita água, faz muito barulho. Os postes da rua soltam fumacinha do calor das lâmpadas. Aqui não alaga, mas a essa hora a Praça da Bandeira deve estar muito abaixo d'agua.
Tenho coisas pra passar a limpo e rever a primeira semana de aula. É difícil reacostumar a rotina ouve-anota-xeroca-lê. Se é que a máquina de lá é da Xerox... desculpe, é que lembrei de "O homem que copiava"!
É difícil mas confortante voltar a saber que não se pensa sozinho, que há um tanto de outras pessoas que também escolheram outro caminho, ou que talvez essa minha escolha não seja tão minha assim! É bom ter cadernos e estojo novos. Dizer meu nome pras pessoas e ouvir o delas. Acreditar que a filosofia pode nem ser tão chata, monstruosa e carrasca assim.
E chove, muito. Muita água e muito barulho.
Algumas luzes ainda estão acesas no centro da cidade, Petrobras, BNDES, Banco do Brasil, etc. As pessoas trabalham até tarde, até com temporais.

8.3.08

Eu imito a vida com um jogo de cartas e isso não faz o menor sentido pra ninguém que não seja eu. Eu corto o cabelo curto e demoro pra me acostumar sempre, mas não conto isso a ninguém. Tô com o colesterol estourando, a glicose alta e o triglicerídeo descontrolado, mesmo assim como fritura e doces, mas não deixo ninguém saber.
O limite entre o que é meu e o que diz respeito a mim eu não sei. Não sei nem direito quem sou eu. No dia seguinte do extermínio total aquele cabelo morto, acordo e não me reconheço no espelho. Acho que agora trocaram minha cabeça! Rir com vontade eu nem sei mais quando foi a ultima vez, com Carla talvez, ela me faz rir, é a pessoa mais engraçada que eu conheço, e esse é meu melhor elogio.
As aulas começam daqui uns dias eu nem animada estou. Como não? Não era isso que você queira? Minha mãe ri. Ri porque não sabe de nada. Nada. O que eu queira? Sei lá. Nem eu sei bem o que queria. Queria sair daqui, isso eu sei bem que queria. Queria voltar pra Cidade Maravilhosa e saber que não existe apelido mais bem dado. Então é pra lá que "me voy". Pra minha casa. Pra minha janela. Pro meu calor infernal!

5.3.08

Pago com burocracia para estudar em uma das melhores universidades do pais. Preço alto, assim como a impaciência e o mau-humor. E não sei se "remedinhos" para aumentar o meu pavio adiantarão, afinal, me disseram a vida toda que era pra exteriorizar os sentimentos, agora vem o medico dizer que é pra guardar?! O mundo se contradiz. Meus amigos parecem cada dia mais diferentes do que admiro, neles e em mim. A casa continua tendo cheiro de pão fresco na madrugada. Impossível. Aqui não tem pão fresco nem nas manhãs geladas. E as manhãs são sempre geladas, mesmo quando quentes, porque todo ódio que há dentro de mim é dedicado a esta cidade. Detesto um tanto de outras coisas, mas ódio, que é forte, que é mais que palavra, que é maior que eu, só mesmo por essa cidade. E é por cada pedacinho, cada esquina, cada loja repetitiva, cada habitante mesquinho, cada grau à menos no termômetro. E o pior é que não adianta enumerá-los, não diminui ou passa, não se esgota. E se existe mesmo carma, se Deus alguma hora quis castigar as pessoas, se quis me castigar, foi ter me feito esse ser insatisfeito, muito e angustiantemente insatisfeito.