27.7.11

berinjela, bócolis e couve-flor

Hoje está especialmente difícil. Fazer dieta pode parecer fácil ou engraçado pra algumas pessoas mas, pra mim, é uma das coisas mais difíceis que existe.
Eu sou doente, penso em comida o tempo todo, principalmente quando tenho que escolher e separar meticulosamente cada item que será ingerido.
Eu sou doente e meu colesterol sobe com facilidade, minha glicose também e minha insulina desregula como uma estação de rádio ao subir a serra.

Fiz minha primeira dieta aos 9 anos. Minha dieta mais punk aos 19 e a mais eficiente aos 28. Essa vinha se mantendo, com total cara de reeducação alimentar (apesar de a perda de peso ter parado, não tinha voltado a engordar) até minha mudança de casa, de menina solitária em um apartamento single a um quarto na casa das primas. Isso se juntou a uma mudança grande na faculdade, o início do estágio obrigatório e as 420 horas que tenho que cumprir no CAp UFRJ. Logo, a preguiça se juntou a falta de tempo e me fez voltar a comer pão à noite, biscoitos durante o dia trocar almoço por sanduiche... 5 quilos em 1 mês e meio, “Você teve um ganho de peso muito rápido, isso é preocupante!”, foi gentil a minha médica-endocrinologista-diabetóloga. Eu merecia um esporro daqueles, mas ela sabe que não adiantaria.
Então cá estou, indo para a academia todos os dias e comendo apenas 4 biscoitos agua-e-sal no lanche da tarde. Sem poder comer banana a vontade ou uma graminha sequer de açúcar.

Hoje está sendo especialmente difícil. De TPM e sem poder comer chocolate, não há tangerina que substitua. Mas eu sou forte. Das tristezas que posso “endireitar”, faço o que for preciso, analise pra não ser mais depressiva e dieta pra deixar de ser depressiva também por ser gorda.

6.7.11

Um mês de amor platônico desfeito. Eu conto um mês com uma menstruação, uma crise horrenda de TPM, e muitas vontades de fazer tudo diferente. Um mês é muito tempo, passou. Ouço aquelas musicas que fazem sentido no rádio e nem mudo mais de estação... eu curo rápido, me curo rápido, e até sorrio quando penso que vou gostar dele pra sempre, porque os amores que me atravessam não saem de mim nunca, e eu não quero mesmo que saiam.