27.9.08


Todo o caminho que se vê a frente será percorrido em longas 4hs.
Paraty fica mesmo distante, distante do Rio e distante no tempo. Cada janela, cada beiral e o casario cuidadosamente conservado me fazem sentir o tempo aqui, presente. Todas aquelas pedras, nas ruas e no mar... como pode ser possível tantas ilhas dividirem o mesmo espaço sem fazer nenhuma parecer mais imponente que outra?
Paraty, pra mim, é um lugar do dia, não vale arriscar a cabeça pelas vielas mal iluminadas mais uma vez. Paraty pra mim é como uma maquete bem feita do IPHAN, tudo no seu lugar, como fizeram os que construíram, como queremos nós e os conservadores do patrimônio histórico.
Uma boa viagem pra mim é aquela que me faz sorrir na volta pra casa, não só porque o batuque do ônibus é bom ou engraçado ou porque pessoas confinadas fazem sempre coisas inimagináveis, mas porque o trabalho aconteceu como devia, a pousada era maravilhosa, porque dormir muito pouco não me fez ficar de mau humor, porque o café da manhã era cheiroso, a cachaça do dia anterior deliciosa, o chuveiro quente, as conversas boas, as paisagens lindas e o desanimo nulo.

13.9.08

fico escrevendo naquele caderninho. escrevendo, escrevendo. não posto nunca. escrevo pra ser digitado depois e postado mais depois ainda. mas não posto. não sei se porque começo a achar que as palavras estão particulares de mais, se revelam algo absurdo de mais ou se estão banais, longos e repetitivos de mais. o que acontece é que tenho um caderninho, dessas cadernetas escolares, que anda comigo pra onde eu vou, com qualquer bolsa que eu saia, junto com uma lapiseira, a minha melhor, com uma borracha na extremidade oposta. ele sai comigo esperando a vontade escrever aparecer. a vontade ou o ócio, a fila de espera, qualquer lugar chato. e escrevo, bastante, mas não posto. escrevo, desenho, rabisco, estudo sombras, volumes, rascunho bolsas...
eu tenho um caderninho, que a minha mãe me deu, com uma capa de gosto duvidoso, que vai comigo pra onde eu vou esperando um post aparecer. eles aparecem, mas são reveladoramente tímidos pra serem publicados.

6.9.08

o centro do Rio é o meu Lar

eu adoro a Antiga Sé, cheia de historias da Família Real

o Largo da Carioca


gosto da arquitetura do prédio da Petrobras e da negritude do BNDES

dos shows as quintas-feiras



dos grandes espaços da Caixa Cultural



e de sua biblioteca adesiva.