28.4.06

Se sei fazer pose de segura? Sei sim, faço isso a muitos anos já! Agora que andei fraquejando, tô até tomando uns tarja preta... coisa meio séria. No início me dava um sono danado, ficava lerda que só, agora alterno metade do dia feliz e metade normal, ou seja, achando tudo uma merda! Mas pose eu sei fazer, ainda faço a maior parte do tempo. Agora, se fazer de decidida e corajosa, é comigo mesmo. Engano quem quer que seja. Qualquer um que me olha andando pela rua fazendo cara de "eu posso tudo porque pinto o cabelo da cor que me der na telha" pode jurar que eu posso tudo mesmo! hahaha
Mas vem cá, isso é segredo nosso ehn! Não vai contar pra ninguém que eu sou como uma qualquer, ainda prefiro fingir a pose!

25.4.06

"não me peça pra ficar/ sabendo que o controle não é seu nem meu..."

Talvez eu tenha mesmo sumido. Mas sumido de onde? Ido pra onde? Não respondo mais emails, não deixo scraps nem escrevo mais nesse blog. Ninguém levou a vontade de mim, eu é que não sei mantê-la comigo.

Às vezes a hora não passa. Fico aqui olhando pra essa mesa, esses muitos, muitos quadros de peças de teatro antigas, a maioria saiu de cartaz antes mesmo de eu nascer, essa cortiça cheia de letras ilegíveis...

Uma vez me perguntaram se eu achava melhor trabalhar ou estudar. Trabalhar é melhor, mas melhor mesmo seria não existir.

23.4.06

Tenho que escrever mais aqui!
As vezes não tenho paciência...

Sinto saudades de Carla
Sinto saudades do Nando

As vezes o tempo não passa.
Não tenho vontade ficar parada aqui.

Um dia escrevo de verdade...

7.4.06

"... estou podando o meu jardim"

Ela tenta de todas as formas pensar em qualquer outra coisa que não seja ele. Faz um esforço descomunal pra esquecer que ele existe mas, por vezes, na maioria das vezes, parece inútil. Não é mais aquilo tudo que era antes, não tem mais todos aqueles frios na barriga tão bem quistos em algumas situações. Ele parece esquecido até que o rosto lhe apareça na mente. Ela passa os dias ouvindo Marisas Montes e Los, muitos los, Hermanos. Já nem sabe se é melhor ou pior. "Essas músicas sabem de mais"! Passa a interrogar todo e qualquer barulho musical, todo e qualquer pensamento mais longo, toda e qualquer lembrança mais prolongada. E pensa, afinal, "quem manda nessa porra de cabeça e nessa merda de pensamento"!? Sendo ela própria, se auto-ordena a não mais pensar naquele cara que, reparando bem, lembrando bem, não era nada legal, nada gentil, nada carinhoso, nada bonito, nada de nada. Se são tantas inqualidades, se ela sabe de todas elas, de todas que foram elas junto com ela, se isso foi e é tão dolorido ainda, por que será que ainda se lembra dele? Sente então medo que alguém descubra. Chega a ser imoral ainda pensar em alguém que a fez sofrer tanto. Então nega a si própria que esses pensamentos existam. Tenta ver a situação de fora. "É mesmo ridículo"! Então disfarça bem. Ninguém nem ao menos suspeita que ela ainda sofra por isso. Sofre ao pensar que ele pode reaparecer, retelefonar, repetir tudo. E tem certeza que não deixaria nada acontecer, nada de novo, nada de velho, nada de nada. Então dorme. A noite é curta e amanhã mais uma batalha lhe espera, pois a expressão "tem que se matar um leão por dia" nunca fez tanto sentido como agora.