29.7.10

Responda rápido!

Com quantos surtos se caracteriza um louco?

Com quantas visões se caracteriza um médium?

Com quantos tapas se caracteriza uma briga?

Com quantos espirros se caracteriza uma gripe?

Com quantos encontros se caracteriza um namoro?

Com quantas desilusões um coração endurece?

Com quantas tesouradas se acaba com um cabelo?

Com quantos amigos se faz um orkut?

Com quantos recados se é popular?

Com quantos foras se caracteriza um final?

Com quantos sapatos se é patricinha?

Com quantas bolsas se é bem arrumada?

Com quantas criações se caracteriza o sucesso?

Quanto tempo leva pra resolver a vida?

mulher sem razão

"Saia
Dessa vida de migalhas,
Desses homens que te tratam como um vento que passou.
Caia
Na realidade farda,
Olha bem na minha cara e confessa que gostou.
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar ...

Pára
De fingir que não repara,
Nas verdades que eu te falo.
Dê um pouco de atenção
Parta pegue um avião.
Reparta sonhar só não dá em nada, é uma festa na prisão.
Nosso tempo é bom e nem temos de montão
Deixa eu te levar então,
pra onde eu sei que a gente vai brilhar ..."

Vamos parar por aqui enquanto minhas lembranças são boas. Vamos parar e eu fico com as lembranças daquele sábado entre cervejas e chocolate. Eu não gosto dele. Não tenho nada com ele. Todos os nãos e nadas com ele. Vamos parar agora e eu finjo que a gente nunca conversou no MSN, que você nunca me disse/escreveu coisas fofas e depois confissões estranhas de outras mulheres. Eu finjo que nunca tirei fotos do Arpoador pra você ver a ressaca. Eu não gosto dele. Ele não gosta de mim. Vamos parar antes que eu comece a inventar mais histórias na minha cabeça, antes que ele te diga mais e novas mentiras a meu respeito e antes que eu acredite que um dia você vai vir ao Rio e a gente vai se ver. Vamos parar por aqui, prematuramente agora.

23.7.10

quinta - 01/07/10

Eu posso escrever o dia inteiro. Posso escrever e fotografar o dia inteiro. Não se esgota. Eu escrevo, fotografo e trabalho. Eu lembro dele com aquela camisa marrom que eu nem gostei. Eu escrevo e sei que prefiro a branca. Não se esgota. Do olhar sai afeição, ou será pena? Eu fotografo, com digital, com analógica, com os olhos. Eu escrevo e fotografo e parece que nunca se esgota. Já tava parando de pensar nele, estavam se esgotando as lembranças. Ele reaparece e tenho a impressão de que o gostar nunca se esgota. Eu fotografo, escrevo, fotografo, escrevo. Quando eu gosto parece que nunca se esgota. Gosto esgota. Esgoto. Quando parece que dá errado... talvez o errado nunca se esgote.

16.7.10

Eu invento histórias na minha cabeça. E faço isso com uma frequência e com uma fluidez assustadoras. Eu passei muito tempo achando que todo mundo fazia isso, muito tempo, muito. Até descobrir que a maioria das pessoas vive, não inventa vidas. Agora inventei uma buzina que grita “Pára Patrícia”, pra quando começo a inventar de mais. A cabeça vai indo, vai indo... e a buzina toca. Inventar coisas assim não é normal não, a gente que é esquisita mesmo. Encontrei uma cúmplice. E ainda agora, enquanto escrevo um post banal, minha cabeça vai inventando situações, coisas que diferentes pessoas poderiam me dizer, lugares que poderíamos nos encontrar, sorrisos que podem ser dados... eu invento porque só tinha feito assim até agora. De um tempo louco pra cá eu estava fazendo só assim. Mas agora eu tenho a buzina que me faz voltar os pés pro chão. Então essa é a hora: Pára Patrícia e acaba de se arrumar que você vai perder a hora!

15.7.10

"Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais, demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, olhos ilegais
Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você"
Ilegais
Vanessa da Mata

11.7.10

Andando de volta pra casa essa manhã eu pensei em tudo. Todas as palavras que deveriam ser escritas, uma por uma, com vírgulas e reticências. Eu pensei tanto que apagou e agora eu não sei mais como escrever sobre tudo aquilo que te fez me dar um chocolate. Eu não vou mais saber descrever o amendoim sendo colocado na minha mão, como se nada de mais estivesse acontecendo entre a gente. Mas o que tava acontecendo entre a gente? Você sentiu aquilo ? Acho que todo mundo na roda sentiu. Todo mundo viu que a gente se olhava, mas ninguém viu você me dando um chocolate. Foi muito “namorinho de portão”, ou “você só dança com ele e diz que é sem compromisso...”, essa ficou na minha cabeça a noite quase toda. Eu não soube fazer direito, devia ter escrito meu telefone em um guardanapo vagabundo qualquer dentro do bar. Você me deu um chocolate sem ninguém ver, eu poderia ter te dado meu telefone, meu email, um beijo. Eu tenho de você agora um chocolate e uma confissão no abraço de despedida.
Aí cheguei em casa querendo ligar pra Michelly, minha amiga que sabe dar os melhores conselhos nessas situações, mas não liguei. E não gosto de ficar repetindo que eu sou boba, mas não soube fazer isso. Me senti no enredo de um pagode barato...
Ainda vamos nos ver e eu vou saber fazer direito, pode deixar.

9.7.10

Eu escrevi tantas coisas enquanto estive sem internet. Voltei a andar com o caderninho na bolsa e escrever desenfreadamente. Escrevi tantas coisas com sentido e sem, que nem cabe mais transcrever aqui.
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Um belo amor se foi e um antigo amor reapareceu, resgatei penteados, pintei apenas uma unha, comi chocolate na TPM, chorei por não saber o que fazer e fiquei feliz pelo emprego novo de novo em Ipanema.
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Tudo continua sendo como sempre foi, apesar de absolutamente diferente.