8.5.10

07/05/10

Eu me sinto tão ridícula. Ao mesmo tempo acho que é disso que eu preciso. Que estive apaixonada, encantada, ou qualquer outra palavra que o valha, a maior parte da minha vida. Eu gosto muito fácil. Eu sempre gostei muito fácil.
Esse cara pode ser banal como todos os outros, mas hoje, durante todo o dia, pensei nele como o “absolutamente mais fofo de todos”. Exagerada...
Quinta passada ele passou algumas horas na galeria conversando com a gente (a menina que tava trabalhando comigo já o conhecia). Eu fazendo crochê pra ajudar a passar o tempo. Ele observa. Dei vários foras nele absolutamente sem querer. Tentei me desculpar de todas as formas. Ele sorri, mais pra lindo que pra feio, se é que é possível. Nós fazemos o mesmo curso as quintas pela manhã, eu nunca o tinha visto e ele já me conhecia.
Ontem a amiga dele não tava trabalhando comigo e ele ficou 3h conversando com a gente na galeria (comigo e com uma amiga minha que ele não conhecia). Ele sorri, bastante. Sempre mais pra lindo que pra feio. Cada minuto mais pra lindo. Ele conversa comigo olhando pra minha boca. Eu fico completamente sem graça e tenho vontade abraça-lo, a cada minuto mais. Ele diz que gosta de cabelo enrolado, “coisa horrível são aqueles cabelos esticados, todos do mesmo tamanho”. “Eu acho mulher descabelada pela manhã ótima, vocês estão convivendo com os homens errados”. E ele vai ficando cada vez mais lindo. Ele faz arte, estuda arte e conversa sobre arte. Eu já não sei mais agir naturalmente. Ele acabou de se tornar o homem mais interessante do Parque Lage.
Quis me dar o email e eu não peguei: “nome completo e eu te encontro no Facebook”. Encontrei, pedi pra ser amiga. Encontrei no orkut e também pedi pra ser amiga. Foi melhor mesmo não pegar o email, depois de sonhar com ele, eu me conheço, não me conteria.