10.5.08

Todo mundo tem seu ídolo, pelo menos deveria ter, e podem considera-lo medíocre, pela-saco, inútil e sem talento, mas ele é seu, no momento em que você ouve, que você sente, que você vê. Nesse momento ele faz parte de você e ninguém pode te tirar isso. E a convicção de que ele é o melhor dentre todas as opções, o mais talentoso, o mais inteligente e mais criativo tem que ser sua. Vão sim virar o nariz, levantar as sobrancelhas, fazer cara de deboche mas você vai, e deve, continuar tendo certeza de que ele é realmente o melhor e só se desfazer disso quando bem entender.

Ontem, novamente, eu vi o Arnaldo de perto, de tão perto que perdi o fôlego, errei a letra da música. Eu vi o Arnaldo num palco grande, no Teatro Nelson Rodriguez, cantando, dançando, caindo, sorrindo pra uma platéia atenta. Vi o Arnaldo com seu figurino perfeito, seus músicos afinados, suas projeções em preto e branco. Eu vi o Arnaldo e ele me viu. Mesmo que eu tenha sido apenas mais uma naquelas cadeiras confortáveis da terceira fileira, em alguns momentos ele me olhou nos olhos, eu sorri como um simples e gentil agradecimento: obrigada por tudo isso, obrigada por ter feito esse show pra mim.