16.8.10

A palma da minha mão estendida. Não é ele que se aproxima pra segurá-la. Minha palma da mão continua estendida. Quase qualquer um pode segurá-la, quase qualquer um. Mas eu logo pedirei para largar. Podem me falar coisas na tentativa de segurá-la por mais tempo. Podem fazer promessas e tentativas de interpretação das minhas linhas. A palma da minha mão continua aberta e estendida. Ela espera por ele. Espera após um chat do Facebook? Nada me parece pouco quando é com ele. E eu já nem gosto mais, nem penso mais... Nem pensava mais. A palma da minha mão continua estendida. Ele soube que era pra ele e não quis segurá-la. Não segurou. Também não disse que nunca segurará. Todos os meus pensamentos em torno dele são adjetivados. Lindo. Outro rodeia minha mão estendida. Outro sem adjetivos. Eu não gosto dele mais quase posso dizer que o amo quando a rádio toca essas músicas. Lindo. Ele me chama de “figura” e eu grito pela casa. Cada nova mensagem banal trocada e um grito na janela: O F... ta falando comigo! O F..., ele mesmo, ta falando comigo! Penso que ele é lindo e todas as coisas mais bregas que se possa pensar. Não sei quantas vezes pensei que um cara fosse o Homem da Minha Vida. Ele é um Homem da Minha Vida. Ele é o. Ele.