4.7.06

É chegado o fim. Um tanto precoce, é verdade, mas é melhor que seja assim.
Sinto como se a felicidade caísse sobre minha cabeça em doses homeopáticas. Um pouco da cada vez, muito pouco, mas espero, um dia, o resultado final.
É impossível não pensar que a história se repete. Mais uma vez promessas foram feitas, eu tola, ingênua, boba, passional, acreditei. Por que verbalizar o que não se quer realmente, de coração?
Me recuso a entrar numa "disputa". Se gosta dela, a única coisa que posso querer é que ela também goste dele.
Não quero assumir o papel de "mulher-intervalo". Não quero que fique comigo esperando que a felicidade venha de outra.
Vejo minhas unhas crescendo e penso que devo mesmo continuar minha vida. Passar um esmalte, planejar uma nova cor pro cabelo, ouvir Los Hermanos, Moptop e tudo que é bom.
Não tenho mais vontade "ir ficando pra ver no que pode dar", até porque tudo começou dando pinta de que seria diferente disso.
Nesse momento, minhas expectativas frustradas merecem ser enterradas, não remodeladas.
O que quero dele não vou ter, então prefiro seguir meu caminho.
Foram dias intensos, de felicidade e angustia, mas se temos objetivos diferentes em relação um ao outro, se a iminência de sofrimento é tão forte, o melhor que faço por mim é correr.